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Como vencer a maior crise dos últimos tempos

A pandemia provocada pelo novo coronavírus impôs um isolamento a bilhões de pessoas e chegou a praticamente paralisar a economia global. Os desafios para os negócios são imensos e sem precedentes. O que as empresas devem fazer para sobreviver a essa crise? Carlos Junior, diretor de pessoas da Atlas Schindler falou sobre o assunto na revista online Mudo Corporativo da Deloitte.


Até o capitão inglês James Cook atracar seu navio na Austrália, em 1770, as pessoas da época tinham a certeza de que todos os cisnes eram brancos. A descoberta da ave em território australiano rompeu uma crença que, como hoje sabemos, era sustentada em premissas bastante frágeis. Afinal, a ausência de evidência não pode ser confundida como evidência de ausência. Mais de dois séculos depois, o investidor Nassim Nicholas Taleb utilizou a história para batizar de "cisne negro" os eventos que, de tempos em tempos, assolam o mundo e que, em comum, são imprevisíveis e com resultados impactantes no ambiente de negócios.Os efeitos provocados pela pandemia da Covid-19 já podem ser classificados como um dos maiores "cisnes negros" dos últimos cem anos. Diversos setores reduziram ou suspenderam suas produções – e os reflexos ainda estão longe de serem mensurados com precisão.

No final de março, o Fundo Monetário Internacional (FMI) declarou que o mundo vivia uma recessão. No Brasil, em junho, o próprio FMI e o Banco Mundial projetavam um tombo em torno de 8% para 2020; na média mundial, segundo essas mesmas fontes, a queda tenderia a ser de 5,2%. Essa espiral de destruição de valor pode levar à bancarrota milhares de negócios – pequenos e grandes. A situação impõe um desafio imenso aos gestores. Como gerir uma empresa em meio ao que pode se tornar uma das piores crises do capitalismo? A Mundo Corporativo conversou com executivos de seis empresas, de diversos tamanhos e setores, para mostrar como elas estão lidando com o desafio de proteger os seus negócios e suas pessoas. Em comum, todas criaram grupos para projetar os impactos da pandemia e adaptar suas operações para o novo cenário, adotaram uma gestão fortíssima de fluxo de caixa e criaram mecanismos para proteger seus colaboradores.